O grupo hacker Anonymous realizou uma série de ataques nesta terça-feira (21/8) para protestar em favor do asilo político ao criador do Wikileaks, Julian Assange, que negocia para evitar sua extradição para a Suécia - onde seria julgado por agressão e estupro - e para que o Equador possa recebê-lo como prisioneiro político. A chamada "Operação Assange Livre" tirou do ar o site do Ministério da Justiça do Reino Unido, que ainda encontra problemas de estabilidade, e mira também outros órgãos ingleses ou suecos. Páginas do governo inglês - incluindo a do Departamento de Trabalho e Pensões, do Ministério do Interior e do Primeiro Ministro – são os alvos preferenciais.
Os hackers ligados ao grupo acreditam que o caso que envolve Julian Assange é um dos mais importantes no mundo para que se garanta a liberdade de expressão irrestrita e para a manutenção de uma internet aberta.
Por enquanto, o governo britânico se nega a aceitar a decisão soberana do Equador e permitir que Assange voe para o país sul-americano, prometendo que fará cumprir a decisão judicial que obriga sua extradição para a Suécia. O criador do Wikileaks afirma que isso faz parte de um plano para enviá-lo futuramente para os EUA, onde poderia ser julgado por crimes de guerra e até receber a pena de morte.